ANÁLISE DE SITE: REVISTA DIGITAL EMÍLIA
Emília
Thais
Batista Siqueira
O
site da Revista Digital Emília foi
criado em setembro de 2011 com o objetivo de “contribuir com a formação e atualização permanente
de todos aqueles que trabalham com o livro e a leitura.” (https://revistaemilia.com.br/quem-somos/). Desde
então, além de revista digital, Emília
curou e coordenou seminários de leitura, criou o Educativo Emília – canal
direto junto aos professores, resgatando experiências e oferecendo
consultoria especializada e promovendo cursos e seminários –, publicou livros e
estudos, e se constituiu enquanto Instituto. Em dezembro de 2016, a revista ganhou
o Prêmio – IPL (Instituto Pró-Livro) – na categoria mídia.
Uma
equipe editorial e de apoio permanente dirige e alimenta o portal com
entrevistas, resenhas, sugestões, análises sobre leitura e leitores, bem como o
mercado editorial. Entre os editores estão Dolores Prades, Aluizio Leite,
Mayumi Okuyama, Rodrigo Villela.
No site de Emília encontramos sete seções:
Entrevistas, Emília Recomenda, Crítica, Leitores, Leituras, Livros e Educativo
Emília. Na seção Leitores, por exemplo, há tópicos sobre Cultura da Infância,
Cultura Jovem (neste há publicação de apenas seis textos desde 2011, dando a
entender que o leitor jovem não é o foco da revista ou ainda é uma incógnita
para a equipe), Formação de Leitores (em comparação com o tópico anterior,
neste há uma boa quantidade de artigos) e Reflexões sobre Leitores e Leituras
(sem artigo algum). Os textos da revista têm fôlego; a atualização, entretanto,
não tem periodicidade definida; porém, aqueles que se cadastram no portal
recebem e-mails informando sobre as novidades editoriais e cursos ofertados.
Na seção Leituras, há um
tópico sobre políticas de leitura cujo último texto publicado tem pouco mais de
um ano. Dado o papel desempenhado pelo Governo Federal na aquisição e
distribuição de livros e na promoção da leitura nos últimos 16 anos, acredito
que o tema merecesse um pouco mais de atenção. José Castilho, colaborador da
revista, conseguiu que a Lei 13.696, que institui a Política Nacional de
Leitura e Escrita (PNLE) fosse sancionada em julho deste ano. Não encontrei
menção a esta conquista no site de Emília.
A seção Livros tem como um
de seus tópicos Plataformas Digitais. Nela há três textos
sobre o livro digital, o primeiro datado de outubro de 2011. O texto foi
originalmente apresentado por José Castilho no I Simpósio Internacional del
Libro Electrónico, promovido pela CONACULTA, México, DF, em setembro daquele
mesmo ano. A mesa da qual participou, intitulada “Uma visão do livro para os
próximos anos”, contou ainda com Milagros Del Corral (Espanha), Néstor Garcia
Canclini e Ricardo Nudelmann (México). O último texto deste tópico, de autoria
de Marisa Lajolo, data de agosto de 2013.
Além dessas seções
relacionadas à revista, Emília traz
algumas outras relacionadas à sua atuação institucional. Dessas, destaco a
seção Destaques e Olhar Leitor na qual a equipe avalia as novidades do mercado
editorial nacional. Desde 2013, elaboram “uma rigorosa análise crítica,
fruto de um trabalho coletivo voluntário de um grupo permanente, altamente
qualificado.” (http://revistaemilia.com.br/destaques-emilia-e-olhar-leitor-2017-fechando-um-ciclo/). O
material produzido é disponibilizado em formato online digital e apresenta de
forma clara o processo de avaliação e seleção das obras, apresentando os
destaques em diversas categorias.
O site é de fácil navegação,
organizado e esteticamente bonito. No entanto, acredito que a fonte e a cor
escolhidas para publicação dos textos, bem como o plano de fundo atrapalham um
pouco a leitura. É interessante rever. O tópico Palavra dos Leitores, dentro da
seção Crítica, não possui nenhuma palavra de leitor, o que considero um pouco
antipático. Há uma seção Fale Conosco que não propõe nenhuma interação e links
para as páginas da revista em duas redes sociais e YouTube. Ao acessar este
último, não se encontra conteúdo no canal.
Tais observações não
diminuem a importância e seriedade de Emília
como fonte de informação para aqueles que gostam de textos mais profundos e
reflexivos sobre leitores e leituras.
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