POEMA "BORDADO" A PARTIR DO CONCEITO DE HIBRISMO
Gabriela Barbosa Souza
O
meu bordado mudou
E
hoje pergunto quem sou?
Sou
de lá
Mas
vivo aqui
Quando
chego lá,
Tenho
que voltar
Quando
estou aqui
Tenho
que ir
A
vida é uma colcha de retalhos
Tecidos
coloridos
É
ou não é?
Não
estamos só do mesmo lado
Somos
crochês
Interligados
e intercambiados
Hoje
sou um colorido bordado
Não
sou daqui, mas também não sou só de lá.
Imagem: Panamerican; ast, 198x179, Beatriz Milhazes, 2004
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